LOBITOS – resumo do ano 2017/18

LOBITOS – HISTÓRIAS DE MAIS UM ANO
E eis que chega ao fim mais um ano escutista cheio de caçadas e novas experiências. Tudo começou em setembro de 2017, quando nos despedimos de treze dos nossos amigos Lobitos, que partiram em busca de novas aventuras na II secção. Também nesse dia recebemos doze novos pata-tenras. Depois foi sempre a crescer.

As primeiras reuniões serviram para apresentar os animais da selva aos nossos pata-tenras e para formar os bandos, depois nada melhor do que irmos todos acampar, experimentar a vida ao ar livre e dormir numa tenda. Assim, no dia 28 de outubro tivemos a nossa primeira atividade.

ATIVIDADE DE INÍCIO DO ANO
Chegámos no sábado logo pela manhã e lá estavam à nossa espera o Aquelá, a Baguera, o Cá, o Balú, o Hati e o Rama. A nossa primeira tarefa foi relembrar e ensinar os mais novos a montar as tendas. Depois foi tempo de chamar os nossos pata-tenras para lhes darmos a sua primeira insígnia, o símbolo em como estavam a iniciar o seu percurso para se tornarem verdadeiros lobitos. Também nós recebemos insígnias de progresso que representavam o nosso desenvolvimento enquanto lobitos e eram o sinal que estávamos a crescer. A tarde foi tempo de realizar um jogo cheio de postos com desafios, onde cada um dos nossos chefes nos apresentou a importância dos cargos, para que depois os pudéssemos distribuir dentro do nosso bando. Nesse dia ainda tivemos tempo de ouvir falar o nosso Frei sobre o significado da nossa divisa… DA MELHOR VONTADE. A noite reservou-nos o nosso primeiro fogo de conselho deste ano. O dia seguinte não começou da melhor maneira, mas foi muito divertido. Alguns de nós acordámos ainda antes do sol e não deixámos mais ninguém dormir. Como estávamos cheios de energia o Aquelá achou era boa ideia irmos dar uma corrida matinal. E assim foi. Lá fomos nós conhecer a Escola Agrícola de Coimbra de noite. Mas nós somos lobitos fortes, o que era suposto ser um castigo na verdade foi uma aventura que acabou a ver nascer o sol. Se acham que esta atividade já estava a ser espetacular e que nada podia ser melhor enganam-se. Depois do pequeno almoço pudemos andar a cavalo e nesse dia ainda fizemos mais jogos superdivertidos. E esta foi a primeira atividade. Depois começámos a nossa primeira caçada, “Maugli aprende a viver na selva” Ao longo de várias reuniões fizemos muitos jogos que nos deram a a conhecer melhor cada um dos animais da selva dos nossos chefes e associados a eles as áreas de desenvolvimento pessoal. Por cada desafio ultrapassado cada um de nós recebia uma pena do Chill e o bando que vencia recebia uma faixa que colocava na vara de bando e que mais tarde viemos a descobrir tinham uma outra utilização. Pelo meio participámos na atividade do nosso núcleo, o “FunDay”, que foi altamente. Na altura do Natal terminámos a nossa caçada com uma atividade na Serra da Lousã.

ATIVIDADE DE NATAL
A nossa atividade de Natal começou bem cedo para apanharmos o autocarro que nos levaria até à Lousã. Lá chegados, cheios de alegria e energia, dirigimo-nos para o quartel dos Bombeiros Municipais que foi o nosso local de acantonamento. Depois preparámo-nos para o frio e para a eventualidade de chuva e partimos para uma caminhada. Por bando seguimos as marcas do trilho que nos levaria até à Capela de Nossa Sra. da Piedade. Recuperadas as forças da subida tivemos de ultrapassar vários obstáculos para
conseguirmos juntar as peças de um mapa que nos mostrou a localização do tesouro enterrado. O tesouro era a cabeça do Lobo que iria encimar a vara do Guia da Alcateia. Nesta altura descobrimos também que as várias faixas que enfeitavam as nossas varas escondiam as várias personagens do presépio. De volta ao quartel do bombeiros foi tempo de preparar a nossa ceia de natal. Uns
ficaram a ajudar na cozinha, outros foram construir a árvore de natal e outros foram construir o presépio. À noite foi tempo para uma ceia de natal e para uma troca de presentes. No dia seguinte participámos na eucaristia local e depois do almoço regressámos a
Coimbra. Ano novo, caçada nova. Depois de cada bando apresentar a sua ideia fomos a votos e decidimos que iriamos viver “a caçada do coelho que perdeu os ovos”. Uma terrível feiticeira roubou os ovos ao coelho e só os devolvia se ele conseguisse ultrapassar uma série de obstáculos, enigmas e desafios. Como é óbvio o coelho recorreu à ajuda dos lobitos do CIX para conseguir recuperar os seus ovos. E como pensamos primeiro no nosso semelhante nem hesitámos e aceitámos o desafio. Assim ao longo de diversas semanas fomos ultrapassando todos os desafios que a feiticeira nos colocou. Desde provas de orientação, desafios físicos, desafios intelectuais, tudo ela nos fez passar. Aos poucos fomos recuperando os ovos até que tivemos de enfrentar o derradeiro desafio em terras de Miranda do Corvo.

ATIVIDADE MIRANDA DO CORVO
Foi nos dias 16 e 17 de dezembro que partimos bem cedo em direção a Miranda do Corvo. Lá chegados deixámos as mochilas no local onde íamos dormir e partimos para uma visita ao Parque Biológico da Serra da Lousã. Foi um dia em cheio a passear pelo parque, a ver animais e ainda a fazer uma série de jogos. Pelo meio descobrimos que a feiticeira também tinha passado por lá e nos deixou mais um ovo no meio do labirinto que existe no Parque. À noite fizemos mais um dos nossos fantásticos fogos de conselho. No dia seguinte a feiticeira lançou-nos mais um desafio. Para o ultrapassar tivemos de percorrer a vila de Miranda do Corvo à procura de respostas a várias questões que ela nos colocou. Mas ficámos a conhecer muito mais sobre aquele lugar, as suas gentes, as suas lendas e até sobre a chanfana, que é o seu prato mais famoso. No final pudemos completar o mapa que nos mostrou onde estavam escondidos os restantes ovos. E assim vivemos mais uma caçada fantástica. Mas se num dia estávamos a ajudar o coelho a recuperar os seus ovos no outro já estávamos ao serviço do Deus Grego Apolo. A história é grande mas resume-se facilmente. Pandora tinha uma caixa que não podia abrir de jeito nenhum, só que ela abriu e com isso libertou todos os males do mundo. Assim, Zeus teve de convocar todos os deuses para capturar os males. Claro que os Deuses gregos sozinhos não faziam nada de jeito e Apolo pediu-nos ajuda.

ACAGRUP
E lá embarcámos nós rumo a mais uma aventura. Durante os dias 24 a 27 de março tivemos de capturar todos os males do mundo e
devolvê-los à caixa de Pandora. Tarefa nada fácil e que nos obrigou a enfrentar a chuva, a superar testes físicos, a utilizar arco e flechas, a subir bem alto e fazer slide, a defrontar a Hidra e o Cérbero e realizar um outro sem número de desafios e tarefas complicadas e arriscadas. Mas tivemos também momentos de pura descontração e momentos mais sérios. Um desses momentos sérios e importantes foi a promessa de 10 lobitos, bem como de outros elementos do nosso agrupamento. Para além da importância do momento para cada um daqueles lobitos, era a prova de que a nossa alcateia estava viva e que soubemos receber e acompanhar os nossos pata-tenras. Mas como sempre acontece as atividades têm um fim e este ACAGRUP não foi exceção. No final, em conjunto com os elementos das outras secções, capturámos todos os males e devolvemo-los à caixa de Pandora. E ainda antes de voltar a casa
recebemos rasgados elogios de Zeus que nos presenteou com o seu Raio de Ouro. Ainda nem tínhamos recuperado do ACAGRUP e já Zeus nos estava a colocar um novo desafio. Diversos dos seus Deuses, apesar de imortais, estavam um pouco cansados e aborrecidos da sua vida e queriam passar as suas responsabilidades a novos Deuses, que viessem cheios de energia e vontade. Assim, Zeus convidou cada um de nós a escolher um Deus e a participar numa formação intensiva para aspirantes a Deuses. Durante várias semanas participámos no programa de formação para Deuses. E acreditem quando vos digo que é muito duro. Tivemos de conquistar um dos ovos dos grifos, enfrentámos a Medusa para obter uma poção da cura, entrámos num labirinto e derrotámos o minotauro. E não contente com a nossa prestação o próprio Zeus concebeu um teste final.

ATIVIDADE DE VERÃO
No fim-de-semana de 2 e 3 de junho partimos rumo à Praia Fluvial de Coimbra. Mal chegámos e Zeus já tinha o seu primeiro desafio pronto, “a montagem do templo”. Sem a ajuda dos Deuses tivemos de montar o nosso templo (tendas). Com algum esforço e algumas dicas dos Deuses tudo ficou bem montado e seguimos para novo desafio. Como todos sabem os Deuses são alvo de inveja e de ataques, por isso no segundo desafio tivemos de utilizar todo o nosso conhecimento de técnicas de defesa e ataque num jogo bastante arriscado. E lá fomos avançado de desafio em desafio, ultrapassando labirintos, remando em águas revoltas, levando água a locais onde havia seca ou “caçando” com arco e flecha. Na noite do primeiro dia realizamos um belo fogo de conselho. O dia seguinte começou cinzento, mas nem a chuva impediu que realizássemos uma caminhada até ao Monte Olimpo. Lá nos esperavam os Deuses Apólo, Atena, Morpheus, Crato e Tanato para nos comunicarem o resultado da nossa formação. Através de um cerimonial foi entregue a cada um a ambrósia, que nos deu força e poder, o Néctar dos Deuses, que os deu a imortalidade, e no final fomos investidos como novos Deuses. E foi assim o nosso ano. Agora é descansar e esperar ansiosamente pelo início do próximo ano para novas caçadas…

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ACAGRUP 2018

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26 . Março . 2018 · 19:12

Encerramento das comemorações dos 90 anos do CIX

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12 . Dezembro . 2017 · 13:51

Lobitos no ACANAC’17

Entre os dias 30 de julho e 6 de agosto de 2017 realizou-se o XXIII Acampamento Nacional do CNE (ACANAC’17).

Para a Alcateia 7 – Infante Santo a aventura começou meses antes com a preparação para este desafio.

Ao longo de todo o ano, nas diversas reuniões e atividades, trabalhou-se a autonomia dos elementos, o saber ser, o saber fazer e o saber estar. Depois, nas semanas que antecederam o ACANAC, trabalhou-se mais afincadamente a técnica – montagem de tendas, nós e pequenas construções, preparação da mochila – e realizaram-se diversos dos desafios lançados pela equipa da I secção do ACANAC. Assim, no dia trinta de julho de dois mil e dezassete, quinze lobitos, acompanhados por três elementos da equipa de animação, partiram rumo ao ACANAC’17.

DIA 1

O encontro do agrupamento estava marcada para as 8h30 junto à sede. Após arrumarmos todo o material na carrinha e as mochilas nos autocarros, lá partimos em direção ao CNAE – Centro Nacional de Atividades Escutistas. A viagem correu alegremente na companhia dos caminheiros e de um grupo de pioneiros franceses que veio para participar no ACANAC’17 e que esteve em Coimbra durante uns dias a “convite” da IV secção. Durante a viagem ouviram-se diversas músicas, em francês e em português que ajudaram a enfrentar as mais de 3 horas de viagem. Chegados ao local da atividade ainda tivemos de enfrentar o check-in, mais 90 minutos sem sair do autocarro e em marcha muito, muito lenta.

Mas tudo se esqueceu quando finalmente chegámos ao nosso campo, pousámos a mochilas e pudemos finalmente almoçar. Com as forças retemperadas foi tempo de colocar em prática o que aprendemos durante o ano e montar as tendas. Quase sem ajuda lá montámos o nosso campo e ainda demos uma mãozinha aos nossos vizinhos que estavam com dificuldade em montar a sua tenda. Já devidamente instalados chegou o momento de nos dirigirmos ao jantar e viver o nosso primeiro momento alto. O Presidente da República encontrava-se a visitar o campo e parou junto de nós para tirar uma fotografia. Aproveitámos e tirámos também uma foto com o nosso Chefe Nacional.

Neste dia já longo ainda participámos na abertura oficial do ACANAC’17 onde se reuniram pela primeira vez os 21.000 participantes da atividade. No final deste dia o Akelá percebeu também que os nossos chapéus, para além de serem um ponto de interesse que levava toda a gente a meter-se connosco, eram uma imagem de marca e, acima de tudo, eram facilmente identificáveis no meio da multidão. Por isso passámos a andar de chapéu dia e noite.

DIA 2

O segundo dia começou com a alvorada às 7h00. O Akelá disse-nos para arrumarmos na nossa mochila pequena aquilo que íamos precisar para o dia – água, borrifador, pratos, escova e pasta de dentes, papel higiénico – porque o campo era grande e assim podíamos andar à vontade o dia todo sem ter de andar sempre a correr para a tenda. Esta ideia foi fixe e passámos andar sempre com as nossas mochilas.

Neste segundo dia estavam-nos destinadas as atividades do Génesis. O nosso “abraço ao futuro” começou neste espaço do acampamento onde aprendemos com os quatro elementos – água, fogo, terra e ar – a melhor forma de nos responsabilizarmos e de cuidarmos da nossa casa comum. Aqui pudemos experimentar diversos jogos, oficinas e ateliers. Porque tínhamos a nossa mochila, ao final da manhã pudemos ir diretos ao almoço e de seguida ir visitar o supermercado de campo, descansar, comer um gelado e voltar para os jogos.

Antes do jantar nada como um belo duche para refrescar e tirar o muito pó do corpo. O dia terminou com uma grande festa amarela, que decorreu na arena central.

DIA 3

O terceiro dia era suposto começar às 7h00, contudo tínhamos de estar na paragem do autocarro às 8h00, já equipados e com o pequeno almoço tomado, por isso acordámos às 6h30. O nosso dia ia ser passado em Idanha-a-Nova e incluía uma ida ao teatro, jogos e piscina.

A primeira atividade foi o teatro: “Perdidos, mas pouco” – Dois lobitos separaram-se do seu bando, não sabiam onde estavam, mas isso não os impediu de viver grandes aventuras e fazer importantes descobertas. Os atores utilizaram diversos objetos de acampamento para criar formas animadas e marionetas e ajudaram-nos refletir sobre as questões ambientais. Com as mochilas fizeram um fato espacial, com a tenda fizeram a mãe terra, um barco, asas e com outros objetos criaram várias personagens. Foi fantástico e muito divertido.

Seguiu-se um jogo de vila que nos levou a passear pela zona, a descobrir diversas caixas/mensagens e a realizar diversos desafios. Depois foi tempo de procurar uma sombra para nos proteger do calor que se fazia sentir enquanto almoçávamos e fazíamos tempo para podermos ir até à piscina. Às 14h30 lá estávamos nós na fila para a piscina. O que se passou a seguir nem vale a pena descrever porque como devem imaginar foi diversão pura o resto da tarde com muitos mergulhos e brincadeiras.

Já em campo e depois do jantar era suposto termos a nossa “flor vermelha”, mas tal não foi possível porque o nosso campo foi invadido por 6.000 exploradores, por isso fomos até às tendas dormir.

DIA 4

Como sempre o nosso dia começou às 7h00 com a alvorada! Este prometia ser mais um dia em cheio, era a nossa vez de ir para o Porto de Abrigo (barragem), por isso às 9h00 lá estávamos nós na paragem dos autocarros.

Este espaço do ACANAC’17 dava-nos a possibilidade de experimentar diversas atividades ligadas à água, umas vividas dentro de água e outras em terra. Na parte da manhã coube-nos em sorte as atividades de terra onde participámos em diversos jogos e que acabou em grande diversão na zona de banhos.

À tarde foi a vez das atividades de água. Andámos de caiaque a limpar o rio do lixo deixado por piratas, ajudámos a levar água a aldeias onde ela é um bem escasso e conseguimos fazer crescer uma horta para alimentar a população, fizemos vários outros jogos e no final acabámos quase todos na zona de banhos. Alguns quiseram ir para a fila para uma última atividade que lhes permitiu experimentar andar num barco à vela. Como chegámos cedo a campo, e íamos ser o último subcampo a jantar, ainda fomos aos chuveiros e participámos na flor vermelha que não conseguimos realizar no dia anterior.

A noite era livre, por isso o Akelá deu-nos a escolher o que queríamos fazer. Como não chegámos a um consenso dividimo-nos em 3 grupos: uns foram dormir, outros ficaram a ver o cinema que estava a passar no campo e outros foram passear até ao espaço “7 Sentes” (ponto de encontro central do ACANAC, onde havia animação, onde se podia comer um gelado, ou simplesmente conversar e conhecer outros escuteiros).

DIA 5

Já não era novidade para nós e por isso às 7h00 já estávamos acordados. Este era mais um dia que prometia, Eco-Fun-Park e o jogo do Centenário.

Começámos pelo Eco-Fun-Park. Uma manhã cheia de experiências novas numa atividade de escuteiros. Andámos numa roda gigante e num carrossel feitos madeira e cordas, escorregámos num escorrega de água e ainda fizemos uma série de outros jogos superdivertidos.

A tarde deste dia estava tão quente que cancelaram o nosso jogo, por isso fomos até ao “7sentes” para aproveitarmos as sombras, comer um gelado, e conhecer alguns dos stands que lá havia. Gostámos bastante do stand da PSP onde descobrimos muitas coisas sobre esta força policial, jogámos diversos jogos e alguns experimentaram a sensação de “conduzir” uma verdadeira mota da polícia.

A noite estava reservada para a “flor vermelha”, mas o cansaço acumulado levou a melhor sobre muitos de nós e nem mesmo aquele chão duro nos impediu de dormir.

DIA 6

Nem vale a pena dizer, mas o nosso dia começou às 7h00. Este ia ser o nosso último dia de atividades por isso era preciso aproveitar.

De manhã estava-nos reservada uma caça ao tesouro. Era o nosso último teste antes de concluirmos o nosso curso na academia dos Eco-Heróis. Este jogo lançou-nos alguns desafios – como tirar uma foto com escuteiros estrangeiros ou conhecer diversos aspectos do ACANAC’17 – e levou-nos a conhecer áreas do campo que ainda não tínhamos tido oportunidade de visitar: os pórticos das 4 secções, a área da secretaria geral ou das comunicações.

A tarde era livre até à hora da eucaristia, por isso aproveitámos para voltar à área do “7sentes” onde estivemos a dançar, a brincar e a descansar. Antes do jantar estivemos a arrumar as nossas mochilas e ainda houve tempo para a última visita aos chuveiros.

A noite estava guardada para a cerimónia de encerramento. Como fomos dos últimos subcampos a jantar ao chegar à arena já esta estava cheia e tivemos de ficar na parte cima um pouco longe do palco. Tal como já tinha acontecido na noite anterior muitos de nós foram vencidos pelo cansaço e adormeceram. Ainda assim, para poucos estava reservado mais um momento alto deste ACANAC’17. Quando tudo parecia terminado na cerimónia de encerramento eis que surgem em palco os DAMA. Acreditem que foi a loucura naquela arena!

DIA 7

A última alvorada às 7h00 chegou e com ela as últimas horas do ACANAC’17. Como já tínhamos as mochilas mais ou menos arrumadas só precisámos de arrumar os sacos-cama e os carrimate e mais algumas coisas que estranhamente ainda andavam fora da mochila, mas que nós jurávamos que estavam lá dentro.

Depois foi tempo de desmontar o campo e fazer tempo para que o resto do agrupamento se juntasse a nós. O que se passou a seguir foi uma daquelas partes que não nos apetece recordar. O fim da atividade, muita gente para sair do campo, mochila às costas, muito calor, muito tempo de espera. Mas como verdadeiros lobitos aguentámos mais este desafio e finalmente conseguimos chegar ao autocarro que nos ia trazer de volta a Coimbra. A viagem de regresso foi bastante mais calma com muita gente a dormir e alguns resistentes a brincar, a cantar ou a conversar.

E pronto, foi esta a nossa aventura no ACANAC’17, que acabou juntamente com as restantes secções a dar o grito do agrupamento. Agora vamos recuperar as forças e em setembro estaremos de volta para novos desafios, que para alguns de nós serão na II secção.

Lobitos da Alcateia 7 – Infante Santo

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LOBITOS – resumo do ano 2016/17

No início do ano escutista 2016/2017 os quatro bandos da alcateia 7, Infante Santo, foram desafiados a apresentar as suas ideias para uma caçada.

Depois algum trabalho de debate de ideias e de excelentes apresentações fomos transportados para a época dos Cowboys.

A nossa aldeia havia sido assaltada pelos índios que levaram o retrato do nosso fundador e todo o nosso ouro.

Ainda estávamos a recuperar do choque quando fomos contatados pelo chefe dos índios. Dirigiu-nos uma carta onde nos informou que o seu povo não queria o retrato nem o nosso ouro, o assalto que realizaram serviu para nos chamar a atenção para a forma como estávamos a maltratar a sua terra e os seus animais.

Ainda assim, só nos devolveriam o que levaram em troca do maior número de animais, que lhes permitisse sobreviver e garantir a segurança das suas famílias.

Para satisfazer as exigências dos índios fundámos os nossos ranchos – White Ranch, Black Ranch, Gray Ranch e Brown Ranch – e iniciámos a nossa preparação como cowboys.

Uma das primeiras lições que tivemos foi a de manter o rancho limpo e assedado. Mais tarde, lá por alturas do Natal, aprendemos a manejar o laço, e ainda conhecermos um pouco do nosso passado romano.

Mas a nossa formação estava longe de estar completa, durante alguns meses aprendemos a fazer um pouco de tudo no nosso rancho:

  • A consertar cercas
  • A colocar ferraduras nos cavalos
  • A fazer nós
  • A seguir pistas
  • A manejar as nossa pistolas

À medida que íamos aprendendo os nossos ranchos iam crescendo e cada vez tínhamos mais animais.

Mas ainda não eram suficientes para realizar a troca com os índios, por isso pusemos mãos à obra e fomos garimpar. Com o ouro que encontrámos participámos em leilões de gado e aumentámos os nossos ranchos.

Finalmente chegou o dia em que nos íamos encontrar com o chefe índio. No nosso primeiro encontro percebemos que cada rancho andou a trabalhar sozinho para juntar o maior número de animais mas que, para sermos bem sucedidos nas negociações, tínhamos de unir os nossos esforços.

Assim, reunimos o conselho de ranchos e todos juntos fomos de novo visitar o grande chefe índio para efetuarmos a troca. Depois, já na posse da imagem do fundador e do nosso ouro, a vida na aldeia voltou ao normal.

Bem! Voltou ao normal é uma forma de dizer. É que no mesmo dia da troca com o chefe índio recebemos uma nova mensagem. Encontrada na areia da nossa praia uma garrafa, que atravessou oceanos, escondia uma mensagem do Pirata Alfaiate, a pedir ajuda.

Pusemos mãos à obra, construímos os nossos navios e zarpámos rumo à ilha da memória (ACAGRUP – Valada/Cartaxo). Lá chegados vivemos várias aventuras, seguimos mapas de tesouros, explorámos o Tejo e investimos novos piratas.

À noite animámos os outros navios com as nossas histórias, músicas e aplausos. Ficou na memória de todos a música que conta a história do Pirata Pepperoni e seu imediato Caty Matos. Foi uma demanda cheia de perigos, mas no final encontrámos bandeiras novas para os nossos mastros e, mais importante ainda, o tesouro do Pirata Alfaiate.

Mas o nosso ano não ficou por aqui. Agora era tempo de preparar a participação de 15 bravos lobitos no ACANAC.

Juntos aprendemos novos nós, a montar e desmontar tendas, a fazer tripés e fizemos muito exercício. E eis que chegou a última atividade para toda a alcateia.

No dia 10 de junho apanhámos o autocarro e fizemo-nos ao caminho até Serpins. Chegados à aldeia foi altura de testar a nossa capacidade física e, de mochila às costas, caminhámos até ao campo escola.

Com um pequenina ajuda dos nossos chefes montámos as tendas e provámos que estivemos com atenção durante a formação. A tarde foi recheada de jogos que terminaram com um belo banho de mangueira para refrescar do muito calor que se sentia. À noite foi de novo tempo de animação com um fogo de conselho vivo que terminou com a avaliação do ano. Antes de recolhermos para o merecido descanso ainda houve tempo para um banquete de marshmallows, chouriço e bolo de Ançã.

O dia 11 começou cedo para nós. Claro que a nossa alegria matinal animou os nossos chefes logo pelas 7h00 da manhã. Depois do pequeno almoço foi tempo de arrumar o campo e partir de novo com a mochila às costas para um grande dia na praia fluvial da Sra. da Graça.

E pronto, foi assim o nosso ano, agora ficamos à espero do relato dos nossos participantes no ACANAC.

A Alcateia

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Somos 109!… 90 são História.

Programa das Comemorações dos 90 anos
10 dezembro – Abertura das Comemorações dos 90 anos
25-26 fevereiro – Atividade para antigos escuteiros do CIX
20-21 maio – CIX ConVida – Festa dos 90 anos
15 dezembro – Encerramento das Comemorações dos 90 anos
.

Programa da Abertura das Comemorações dos 90 anos – 10/12/2016
16:00
Concentração na Igreja dos Olivais
16:30
Foto de escuteiros e antigos escuteiros do CIX – escadaria da Igreja
16:45
Celebração da Palavra e Lançamento da Insígnia 90 anos – Igreja dos Olivais
17:30
Breve História do CIX / Lanche / Confraternização – Catacumbas

Convite 90 anos

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Actividade de Páscoa – IVª Secção

18 a 22 de Março – Carregal do Sal, Cabanas de Viriato
Clã XXX – Aristides de Sousa Mendes

Eram 20h30 e já estavam escuteiras a vender saquinhos de amêndoas pela estação de comboios Coimbra-B. Fomos comprar bilhetes em direção a Carregal do Sal, mas apenas depois de já os termos na mão nos apercebemos de não termos sido colocados na mesma carruagem. De qualquer modo, pusemo-nos a bordo do Intercidades. Acidentalmente, entrámos na zona da 1ª classe. A visão de jovens de mochila às costas a atravessar as carruagens de classe executiva deve ter sido algo incomum para os que o observaram. Acabámos, eventualmente, por chegar aos lugares que nos eram destinados. Nem todos o eram, mas de forma a viajarmos mais juntos, arriscámos que não apareceria nenhum viajante a reclamar o seu lugar. Tivemos sorte.

Ao chegar, e após alguns se arrependerem de não ter trazido impermeável para a mochila, fomos passar a primeira noite aos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal. O pavilhão com que nos deparámos era bem maior que aquilo que tínhamos como expetativa. Entrámos, descalçámo-nos e usámos inicialmente apenas o centro para jogar cartas. No entanto, a área de jogo alastrou-se a todo o salão a partir do momento em que o Pedro perdeu as suas chaves e estas foram sendo deslizadas entre os cantos da sala até que o “rei do liceu” as recuperasse. Embora isso tenha levado algum tempo, o jogo já se tinha tornado interessante, pelo que prosseguimos a jogar com aquilo que fomos encontrando que servisse. Depois disto, concentrámo-nos contra numa das paredes os sacos-cama e dormimos.

Ao acordar, cada um tinha recebido uma pequena caixa de fósforos contendo, para além de outras coisas, uma porção de carta topográfica. Quando, por tribo, as juntámos, transformaram-se num mapa inteiro do percurso que iríamos realizar. Todos os percursos, diferentes entre si, incluíam rotas arqueológicas e culminavam na igreja de Cabanas de Viriato.

Pelas 16h30, os sinos de Cabanas de Viriato tocaram, anunciando a chegada da Tribo Bielski. Já estavam as outras duas juntas e a aprender a dançar o “Conga”, trazido pelo Gabriel.
Conhecemos o padre Carlos e recebemos breves explicações sobre o Centro Pastoral que íamos ficar a usar.

Após nos instalarmos em cada um dos quartos, dirigimo-nos para o portão da casa de Aristides de Sousa Mendes. Alguns membros da tribo Ferreirinha tinham falado com a senhora Paula Teles da Câmara Municipal de Carregal do Sal que se disponibilizou para nos vir falar sobre o patrono do nosso Clã, já que estávamos tão próximos da sua casa – agora quase totalmente restaurada. Passámos pelo cemitério e pelo jazigo em que se encontram o seu corpo. No final, ao nos despedirmos, comprometemo-nos a regressar em 2018, quando a casa abrir ao público. Claro que isto fica condicionado pela devolução dos pertences da casa, já que estes foram todos saqueados no período em que a casa esteve abandonada.

O mais depressa possível, fardámo-nos e fomos para a igreja (era dia de S. José e do Pai), onde o padre nos chamou para próximo do altar. No fim da missa, o Rafa falou-nos da “Hora do Planeta” que iria começar. Assim, evitando usar luz elétrica, jantámos à luz de velas. As luzes reacenderam-se, mas como encerrámos o dia com um exercício de yoga, voltámos à penumbra para criar o espírito de acalmia necessário.

Acordámos e era Domingo de Ramos, novamente dia de missa. Tínhamos pedido ao padre para divulgar a nossa intenção de ir ao RoverWay e então ele ajudou-nos na tarefa vender saquinhos de amêndoas com bonitas mensagens pascais.

Voltámos para o Centro Pastoral e, enquanto se ia às compras e se jogava ao “jogo da descrição/mímica/uma palavra”, começavam a surgir planos para um outro jogo que teria enorme impacto na vida do Clã. Foi após o almoço que nos reunimos e começámos a jogar à “Máfia” e a dar os primeiros passos nesta aldeia de assassinos, polícias e muitas outras personagens.

Depois disto, acolhemos o Frei Severino, que já havia passado pelas restantes secções em atividade. A noite foi, desta vez, preenchida com a oração do terço. Ao início do dia, cada um tinha encontrado na sua caixa um terço ou dezena que pertencia a outra pessoa do Clã. No fim, muitos ficaram a conhecer a música “Conta as estrelas do céu”, que rematou perfeitamente o momento de oração.

Segunda-feira, os rapazes tiveram o prazer de ser acordados animadamente e com música pelas raparigas. O facto de serem ainda 8h45 provocou uma falta de adesão que as levou a voltar à sua zona de dormida.

Foi preciso apressar o pequeno-almoço porque tínhamos agendado a visita ao Centro Social Professora Elisa Barros Silva para esta manhã. Na tarde anterior, tínhamos dedicado algum tempo à seleção de músicas para animar os utentes. Ao chegarmos, e depois de nos apresentarmos, tirámos partido do ukelele, do guitelele e da voz para levar as pessoas a entrar no espírito. No entanto, foi quando nos deslocámos da parte de trás e da frente da sala comum e começámos a circular a focar-nos em cada pessoa, inventando mímicas para aquilo que ouvíamos à medida que cantávamos que surgiu uma face de consonância em cada um dos residentes. Entretanto, fomos sendo ouvidos para as pessoas que nos contavam sobre os seus antigos tempos de universitários em Coimbra ou aquele seu filho que assumiam que conhecêssemos (e parece que afinal podemos até podemos conhecer). Acabámos mesmo por receber alguns ensinamentos de músicas que dominavam, tanto pelo canto das estrofes como pela reprodução precisa dos gestos que as acompanham. Nem alguns dos funcionários escaparam a algumas músicas e danças.

Ao voltarmos a casa, procurámos e encontrámos a generosidade local ao pedir numa casa azeite para o nosso almoço. Após o almoço, chegara a altura de experimentar a última versão da “Máfia”, agora com a adição de duas novas personagens. Os jogos prolongaram-se pela tarde dentro, contando com padeiros invariavelmente mortos na 1ª ronda e polícias que levavam até inocentes à forca. A emoção induzida na sanguinária aldeia demorou algum tempo a desvanecer. Entretanto, foram dirigindo-se alguns para a cozinha e os restantes de volta para a mesa, onde foi apresentado, por aqueles que tinham estado na atividade, o Cenáculo. Depois de jantarmos, fizemos últimas preparações (que para alguns eram ainda as primeiras) para o Fogo de Conselho.

O Fogo consistia em duas velinhas no centro do círculo humano. Num dos extremos colocou-se um conjunto de jurados com atitudes muito específicas que ficaram encarregues de avaliar cada peça/jogo. De uma ponta para a outra, o Pedro (o burro), a Clara (a personagem feminina e angelical, incapaz de expressar qualquer opinião que fira a suscetibilidade de outros), o Pêgo (o Rei do liceu) e o JB (o inexorável, implacável e insensível crítico, opressor de qualquer tentativa de atuação). A última personagem foi claramente aquela melhor atribuída.

A noite presenciou a partilha de jogos que tínhamos retirado do Cenáculo por duas equipas e ainda uma adaptação teatral do épico poema “Cume”. De realçar a apresentação de uma forma alternativa do aplauso “Bananas United”. À medida que nos encaminhávamos para o final da noite, ainda ouvimos e acompanhámos o Gabriel com “A fumar um boi”, uma música trazida de Angola. Enquanto tocava os acordes, e pela emoção transmitida pela voz do Gabriel, aproximava-nos da história e parecia que as personagens contadas realmente se movimentavam na mesma casa em que estávamos.

No fim, cada um pode usar algum dos seus fósforos para agradecer a alguém algo que lhe tivesse proporcionado durante a atividade. Os agradecimentos acabaram por ser centrados num mesmo alvo: todo o Clã.

Depois de dispersarmos, alguns foram preparar a alheira e o habitual chouriço. Entretanto, a luz elétrica perdeu-se, o que foi a melhor indicação que chegara a melhor hora para dormir. Antes de entrarmos na última noite, ficaram ainda alguns a experimentar misturas musicais com o cancioneiro do CIX.

Terça-feira resumiu-se, em grande parte, ao arrumo do local e ida para a estação de comboios de Oliveirinha. Depois da avaliação, chegámos a Coimbra pelas 13h30.

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Actividade de Páscoa – Iª Secção

Relatório da Atividade de Páscoa
Penela, março de 2016

Amigos Lobitos da Alcateia 7 – Infante Santo, agora que já passou uma semana sobre o salvamento da minha irmã queria agradecer-vos de fundo do meu coração.

Foram terríveis para mim as semanas que vivi desde o dia 23 de janeiro, mas graças à vossa ajuda e coragem a paz e harmonia voltaram ao nosso reino. Tudo começou naquela fatídica festa de aniversário. Num dia que era suposto ser de festa e de alegria a tristeza bateu-me à porta, primeiro foi a morte do meu pai vítima de um ataque cardíaco, logo de seguida a notícia que a minha irmã Catarina tinha sido raptada.

Mas vocês ouviram o meu pedido de ajuda e no grande Baile do Carnaval aceitaram o desafio de fazerem parte dos meus cavaleiros e trazerem de volta a minha irmã. Depois, como qualquer cavaleiro digno desse nome, foi tempo de pedirmos ajuda e proteção a S. Francisco de Assis. Seguiram-se semanas duras de intensos treinos para poderes ser soldados do reino. Quando já estavam prontos, lá para o final de fevereiro, foram colocados à prova numa missão de reconhecimento do território onde o inimigo mantinha presa a minha irmã Catarina. Todos voltaram sãos e salvos e cheios de informações preciosas, foi por isso motivo de comemorar e de impor as insígnias de cavaleiro a alguns de vós que ainda não as tinha recebido. E finalmente chegou o momento onde toda a formação e todas as informações recolhidas vos permitiram ir resgatar a minha irmã.

Estávamos a 19 de março do ano da graça de 2016 quando vos vi chegar a Penela. Às costas traziam todo material necessário e no coração a vontade de salvar a princesa Catarina. Apesar deste entusiasmo a primeira batalha foi perdida. S. Pedro levou-vos a melhor e foi impossível acamparem no local que tinham escolhido. Mas um bom cavaleiro não desiste e rapidamente encontraram um local para montar o “acampamento”, na casa paroquial.

No caminho até ao novo local o inimigo, à traição, conseguiu ferir um dos vossos. Mas S. Francisco estava vigilante e tratou de o proteger e nada de grave lhe aconteceu. Já com o campo montado e divididos em 4 bandos tiveram de ultrapassar as primeiras linhas do inimigo. A vossa pontaria certeira, a rapidez de raciocínio e a destreza manual levou-vos à primeira vitória sobre os raptores. Com a primeira vitória conseguida foi tempo de preparar o espírito para os novos desafios que vos esperavam. À noite, como não poderia deixar de ser, foi tempo de um banquete digno de reis preparado pelos vossos melhores cozinheiros. E por fim o merecido descanso, porque o dia seguinte reservava novos e perigosos desafios.

Logo pela manhã foi tempo de atravessar o grande lago (piscinas municipais), um desafio que não estava ao alcance de qualquer um, mas que vocês ultrapassaram com uma facilidade absolutamente incrível. À tarde foi tempo de decifrar os enigmas que vos levaram a avançar sobre o acampamento inimigo. Mais uma vez a vossa rapidez de raciocínio e a forma como atacaram o campo inimigo (Parque das Águas Romanas) foi absolutamente irrepreensível. À noite, depois de mais um banquete, foi tempo de descontrair antes da batalha final. Os melhores jograis do reino apresentaram diversas peças e mantiveram em cima moral de todos. E eis que chegou o grande dia, o dia em que finalmente a minha irmã voltaria para casa. Antes do ataque final era necessário desmontar o campo e deixar tudo pronto para uma fuga rápida e segura.

De espadas em punho e  devidamente organizados foi tempo de atacar o Castelo de Penela, onde as forças inimigas mantinham a minha irmã. As lutas foram duras, mas aos poucos foram dominados todos os inimigos. Por fim, com a minha irmã já em segurança, foi tempo de mais um banquete, de grande comemorações e do regresso a casa para um merecido descanso.

Mais uma vez muito obrigado
Beijos
Rainha Alice

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Actividade de Páscoa – IIIª Secção

Relatório da Atividade de Páscoa
Lousã 18, 19, 20, 21 de março 2016

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Foi no dia 18 de março pelas 22h que começou a actividade de Páscoa da III ª Secção, no apeadeiro de S. José. Partimos de autocarro, rumo à Lousã onde distribuímos o material e a comida de que viríamos a precisar pelas mochilas de toda a comunidade, visto que esta seria uma atividade volante. Caminhámos para o local onde pernoitámos, na Nossa Sr.ª da Piedade, debaixo de um telheiro, protegidos da chuva e do frio por um panal.

No dia seguinte, acordamos por voltas das 8h30 com a luz e o fresco característico do local onde estávamos, a Serra da Lousã. Tomámos o pequeno-almoço no cimo de um monte, para ganhar forças para aquele que seria o dia mais doloroso da actividade. Esta tinha como objectivo tornar a secção e todos os seus elementos numa verdadeira comunidade, onde “todos os dias tentamos conhecer a pessoa que está ao nosso lado”. Ao fim de uma manhã quase sempre a subir, o peso das mochilas e as dores no corpo já se faziam sentir, mas o desejo de alcançar o destino e a entreajuda foi sem dúvida mais forte.

Para além de nós, também dezenas de pessoas estavam a realizar um trilho pela serra e sempre que nos cruzávamos, a frase “Força, estás quase lá” fazia-se ecoar. Na verdade, ao dizermos isto aos outros, convencíamo-nos a nós mesmos de que o objectivo estava prestes a ser cumprido.

Por volta das 11h chegámos a uma maravilhosa e acolhedora aldeia, Talasnal, onde almoçamos e nos preparámos para mais uma valente e árdua caminhada. Mais tarde, saímos da aldeia, fazendo uma breve visita a outra comunidade que ali fazia o seu acantonamento de Páscoa, e retomámos o nosso trilho. Apesar das quedas, da lama que dificultava a passagem, dos planos inclinados, e do sentimento de medo e preocupação que nos invadiam, quando nos encontrávamos à beira de um precipício e nos imaginávamos literalmente a cair ou simplesmente a não conseguir sair dali, foi, sem dúvida, a boa disposição, o espírito de aventura, a coragem e a cooperação que permitiu a todos nós enfrentar e ultrapassar as dificuldades sentidas ao longo do tempo e do percurso.

Chegados ao nosso destino, o Candal, mais uma bonita aldeia escondida no meio do verde denso da Serra, fomos surpreendidos pela Sissi e pela Laura com uma caixinha de bolachas oferecidas por uma mãe, que nos encheram, não só o estômago, como também o coração. Subimos ao miradouro e apreciámos a paisagem única que ali nos era apresentada e que raramente temos a oportunidade de apreciar.

Instalados na casa onde passaríamos a noite e aquecidos pelo fogo que se alimentava da lenha trazida pelo Aníbal, chefe no agrupamento da Lousã, para além das massagens, partilhamos experiências e momentos de atividades que guardamos. Antes do jantar, fizemos ainda um jogo – o jogo da Levitação-, uns com mais sucesso que outros, mostrando que, por vezes, aqueles de quem menos se espera, são exatamente os que mais nos surpreendem. Depois do jantar fizemos ainda uma dinâmica chamada “O que dizem nas minhas costas”. Consiste em escrevermos nas costas de cada um aquilo que pensamos sobre a pessoa (qualidades, defeitos, o que tem que ser melhorado, etc), e depois de lermos em voz alta o que nos foi escrito, reflectirmos. O objetivo desta dinâmica inicialmente previsto não foi totalmente atingido por diversas razões, especialmente por não termos sido completamente honestos e sinceros com a pessoa em questão, ou por temos medo da sua reação e por isso falta de coragem para escrever o que realmente pensamos.

No dia seguinte, acordámos um pouco mais tarde por estarmos tão cansados e por termos tomado o pequeno-almoço tão tarde; caminhamos 10km de volta à Lousão, saltando o almoço. Nesse caminho foi-nos proposto um desafio: andarmos a pares para nos conhecermos melhor uns aos outros. E assim foi, durante 4 ou 5 horas fomos trocando de par, tendo os mais diversos temas de conversa, mostrando ao outro que afinal somos mais do que aquilo que mostramos ser e do que aquilo que se pensa.

Já na fria e bonita Lousã, lanchámos e divertimo-nos um pouco. Mais ao final da tarde fomos por equipas conhecer um pouco melhor a cidade e voltámos para preparar o jantar. Já de barriga cheia, chegou o momento de terminar a dinâmica que tínhamos iniciado na noite anterior, só que desta vez diríamos aquilo que pensávamos em voz alta, cara a cara. Durante algumas horas, com pausa para chá e torta, falamos uns com os outros, agora de uma forma mais crítica e honesta. No final, todos chegámos à conclusão de que não há pessoas perfeitas. Apesar de ser difícil, temos de saber ouvir o que os outros nos dizem, porque esta é, sem dúvida, a melhor forma de mudarmos, ou pelo menos tentar mudar. São as qualidades que nós mais gostamos e revelamos, mas são os defeitos que nos definem e nos permitem crescer, evoluir e aprender.

No último dia, 21 de março, acordámos e apercebemo-nos que estava chegar ao fim. Ainda antes de almoçarmos fizemos a avaliação da actividade, referindo individualmente o que mais nos tinha marcado. De certa forma, cada momento, grande ou pequeno, nos marcou e a vontade de partilhá-los tornaram sem dúvida esta actividade inesquecível.

Chegados a Coimbra por volta das 18h30, percebemos o verdadeiro valor e significado da tão importante palavra “COMUNIDADE” que agora nos pertence definitivamente.

Mariana Flores

 

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Actividade de Carnaval – Ivª Secção

Lousã, Candal, Trevim – Cinco a sete de Fevereiro (Carnaval)

Oito lenços azuis saem de Coimbra para a Lousã, de autocarro, na sexta-feira à noite. Eram já 9h da noite quando chegámos à antiga escola primária para raparigas, que agora é sede de um agrupamento de escuteiros na Lousã. Provavelmente, foi o facto de ser já de noite que fez com que fôssemos tomados por pioneiros em vez de caminheiros. Entrámos e passámos alguns momentos simplesmente numa descontração que acabou no teste da máquina da verdade feito ao Filipe, de forma a averiguar onde estariam as caixas com a comida que iríamos precisar para o jantar do dia seguinte e almoço de sábado. A análise do polígrafo foi inconclusiva. Estudámos, mesmo estando os trilhos bem assinalados, o percurso que faríamos no dia seguinte e fomos dormir.

Na manhã seguinte, depois de o Pedro descobrir a música que melhor descreve a sua vida, saímos cedo, pelas oito. Fomos em direção ao Castelo da Lousã antes de entrarmos no trilho que nos levaria até ao Candal. Começou aqui a visita interior de cada um aos vícios e defeitos que possui na sua vida. Ao chegarmos ao fim do percurso na levada, que termina numa ótima zona de cascatas, não imaginávamos que o percurso iria ficar ainda mais interessante. A subida atá ao Candal foi um pouco penosa e, mesmo assim, ainda não tínhamos chegado ao melhor do dia. Almoçámos debaixo de um telheiro e deixámos a maioria das mochilas no sítio da próxima pernoita, para facilitar a última subida do dia.

Agora, o destino era o Trevim. Começámos logo por nos aperceber do grande desnível, mas devíamos dar-nos gratos por ser simplesmente isso, já que algumas dezenas de metros acima, ao declive se viria a conjugar a falta de trilho. Foi aí que a ascensão se tornou efetivamente Wild. Isto, nem que fosse pela nova e peculiar espécie encontrada, habitante dos ventosos bosques da Serra da Lousã.

Por caminhos que mal existiam alcançámos a aldeia e o Pastilha (o Clã ficou constituído por 9). Fomos recebidos calorosamente pelo frio e pelo soprar harmonioso do vento. A aldeia já nos tinha oferecido quase tudo o que havia a retirar dela, à exceção das caixas cor-de-laranja que acabámos por encontrar nuns arbustos ligeiramente fora da vedação que delimita a maioria das habitações. Distribuímos a comida e material de cozinha pelas duas mochilas e descemos, agora com chuva, mas contando com um trilho visível para pousar as botas a cada passo.

Ao voltar ao Candal, apercebemo-nos da falta de cobertura de rede de telemóvel, problemas que se colmatava parcialmente pelo facto de haver apenas uma rua circulável de carro. Isto acabou por tornar fácil a chegada da Devesa. Neste momento, reunimos e pusemos em papel aqueles vícios que nos prendiam de uma vida mais livre. Ao ardê-los e sermos batizados com água da cascata que ali se encontrava, repetimos a conversão que S. Paulo viveu.

Cozinhámos e jantámos, antes de ficar algum tempo perto da fogueira. Acabámos por nos deitar cedo – uns mais que outros, estávamos cansados. A segunda noite foi mais pacífica, gozando o calor remanescente da fogueira cuja chama era guardada pela chefia dos Lobitos que partilhavam o tecto connosco.

No dia seguinte, o facto de o regresso ser relativamente rápido permitiu dormir até mais tarde, acordando calmamente para ir pequeno-almoçar. Foi então, momento de reconhecer nos noviços aquilo que têm contribuído para a manutenção do Clã. O avermelhamento de lenços azuis foi um reconhecimento que, mais do que incentivar os noviços, deve incentivar os caminheiros a ter mais influência no Clã XXX (8 dos nove elementos do Clã presentes eram noviços). De seguida, houve ainda o momento de tornar o Tiago Pastilha o substituto do Arnaldo no cargo de Guia de Clã, enquanto este estiver fora de Portugal no resto do ano.

Depois disto, voltámos para a Lousã. Após o almoço, o Frei Severino veio celebrar a Palavra com o Clã. De forma a fazer a avaliação da atividade, decidimos abdicar do autocarro programado. No entanto, o atraso do que se seguia fez-nos recorrer aos pais de alguns para podermos regressar a Coimbra.

FRANCISCO PÊGO

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