LOBITOS – HISTÓRIAS DE MAIS UM ANO
E eis que chega ao fim mais um ano escutista cheio de caçadas e novas experiências. Tudo começou em setembro de 2017, quando nos despedimos de treze dos nossos amigos Lobitos, que partiram em busca de novas aventuras na II secção. Também nesse dia recebemos doze novos pata-tenras. Depois foi sempre a crescer.
As primeiras reuniões serviram para apresentar os animais da selva aos nossos pata-tenras e para formar os bandos, depois nada melhor do que irmos todos acampar, experimentar a vida ao ar livre e dormir numa tenda. Assim, no dia 28 de outubro tivemos a nossa primeira atividade.
ATIVIDADE DE INÍCIO DO ANO
Chegámos no sábado logo pela manhã e lá estavam à nossa espera o Aquelá, a Baguera, o Cá, o Balú, o Hati e o Rama. A nossa primeira tarefa foi relembrar e ensinar os mais novos a montar as tendas. Depois foi tempo de chamar os nossos pata-tenras para lhes darmos a sua primeira insígnia, o símbolo em como estavam a iniciar o seu percurso para se tornarem verdadeiros lobitos. Também nós recebemos insígnias de progresso que representavam o nosso desenvolvimento enquanto lobitos e eram o sinal que estávamos a crescer. A tarde foi tempo de realizar um jogo cheio de postos com desafios, onde cada um dos nossos chefes nos apresentou a importância dos cargos, para que depois os pudéssemos distribuir dentro do nosso bando. Nesse dia ainda tivemos tempo de ouvir falar o nosso Frei sobre o significado da nossa divisa… DA MELHOR VONTADE. A noite reservou-nos o nosso primeiro fogo de conselho deste ano. O dia seguinte não começou da melhor maneira, mas foi muito divertido. Alguns de nós acordámos ainda antes do sol e não deixámos mais ninguém dormir. Como estávamos cheios de energia o Aquelá achou era boa ideia irmos dar uma corrida matinal. E assim foi. Lá fomos nós conhecer a Escola Agrícola de Coimbra de noite. Mas nós somos lobitos fortes, o que era suposto ser um castigo na verdade foi uma aventura que acabou a ver nascer o sol. Se acham que esta atividade já estava a ser espetacular e que nada podia ser melhor enganam-se. Depois do pequeno almoço pudemos andar a cavalo e nesse dia ainda fizemos mais jogos superdivertidos. E esta foi a primeira atividade. Depois começámos a nossa primeira caçada, “Maugli aprende a viver na selva” Ao longo de várias reuniões fizemos muitos jogos que nos deram a a conhecer melhor cada um dos animais da selva dos nossos chefes e associados a eles as áreas de desenvolvimento pessoal. Por cada desafio ultrapassado cada um de nós recebia uma pena do Chill e o bando que vencia recebia uma faixa que colocava na vara de bando e que mais tarde viemos a descobrir tinham uma outra utilização. Pelo meio participámos na atividade do nosso núcleo, o “FunDay”, que foi altamente. Na altura do Natal terminámos a nossa caçada com uma atividade na Serra da Lousã.
ATIVIDADE DE NATAL
A nossa atividade de Natal começou bem cedo para apanharmos o autocarro que nos levaria até à Lousã. Lá chegados, cheios de alegria e energia, dirigimo-nos para o quartel dos Bombeiros Municipais que foi o nosso local de acantonamento. Depois preparámo-nos para o frio e para a eventualidade de chuva e partimos para uma caminhada. Por bando seguimos as marcas do trilho que nos levaria até à Capela de Nossa Sra. da Piedade. Recuperadas as forças da subida tivemos de ultrapassar vários obstáculos para
conseguirmos juntar as peças de um mapa que nos mostrou a localização do tesouro enterrado. O tesouro era a cabeça do Lobo que iria encimar a vara do Guia da Alcateia. Nesta altura descobrimos também que as várias faixas que enfeitavam as nossas varas escondiam as várias personagens do presépio. De volta ao quartel do bombeiros foi tempo de preparar a nossa ceia de natal. Uns
ficaram a ajudar na cozinha, outros foram construir a árvore de natal e outros foram construir o presépio. À noite foi tempo para uma ceia de natal e para uma troca de presentes. No dia seguinte participámos na eucaristia local e depois do almoço regressámos a
Coimbra. Ano novo, caçada nova. Depois de cada bando apresentar a sua ideia fomos a votos e decidimos que iriamos viver “a caçada do coelho que perdeu os ovos”. Uma terrível feiticeira roubou os ovos ao coelho e só os devolvia se ele conseguisse ultrapassar uma série de obstáculos, enigmas e desafios. Como é óbvio o coelho recorreu à ajuda dos lobitos do CIX para conseguir recuperar os seus ovos. E como pensamos primeiro no nosso semelhante nem hesitámos e aceitámos o desafio. Assim ao longo de diversas semanas fomos ultrapassando todos os desafios que a feiticeira nos colocou. Desde provas de orientação, desafios físicos, desafios intelectuais, tudo ela nos fez passar. Aos poucos fomos recuperando os ovos até que tivemos de enfrentar o derradeiro desafio em terras de Miranda do Corvo.
ATIVIDADE MIRANDA DO CORVO
Foi nos dias 16 e 17 de dezembro que partimos bem cedo em direção a Miranda do Corvo. Lá chegados deixámos as mochilas no local onde íamos dormir e partimos para uma visita ao Parque Biológico da Serra da Lousã. Foi um dia em cheio a passear pelo parque, a ver animais e ainda a fazer uma série de jogos. Pelo meio descobrimos que a feiticeira também tinha passado por lá e nos deixou mais um ovo no meio do labirinto que existe no Parque. À noite fizemos mais um dos nossos fantásticos fogos de conselho. No dia seguinte a feiticeira lançou-nos mais um desafio. Para o ultrapassar tivemos de percorrer a vila de Miranda do Corvo à procura de respostas a várias questões que ela nos colocou. Mas ficámos a conhecer muito mais sobre aquele lugar, as suas gentes, as suas lendas e até sobre a chanfana, que é o seu prato mais famoso. No final pudemos completar o mapa que nos mostrou onde estavam escondidos os restantes ovos. E assim vivemos mais uma caçada fantástica. Mas se num dia estávamos a ajudar o coelho a recuperar os seus ovos no outro já estávamos ao serviço do Deus Grego Apolo. A história é grande mas resume-se facilmente. Pandora tinha uma caixa que não podia abrir de jeito nenhum, só que ela abriu e com isso libertou todos os males do mundo. Assim, Zeus teve de convocar todos os deuses para capturar os males. Claro que os Deuses gregos sozinhos não faziam nada de jeito e Apolo pediu-nos ajuda.
ACAGRUP
E lá embarcámos nós rumo a mais uma aventura. Durante os dias 24 a 27 de março tivemos de capturar todos os males do mundo e
devolvê-los à caixa de Pandora. Tarefa nada fácil e que nos obrigou a enfrentar a chuva, a superar testes físicos, a utilizar arco e flechas, a subir bem alto e fazer slide, a defrontar a Hidra e o Cérbero e realizar um outro sem número de desafios e tarefas complicadas e arriscadas. Mas tivemos também momentos de pura descontração e momentos mais sérios. Um desses momentos sérios e importantes foi a promessa de 10 lobitos, bem como de outros elementos do nosso agrupamento. Para além da importância do momento para cada um daqueles lobitos, era a prova de que a nossa alcateia estava viva e que soubemos receber e acompanhar os nossos pata-tenras. Mas como sempre acontece as atividades têm um fim e este ACAGRUP não foi exceção. No final, em conjunto com os elementos das outras secções, capturámos todos os males e devolvemo-los à caixa de Pandora. E ainda antes de voltar a casa
recebemos rasgados elogios de Zeus que nos presenteou com o seu Raio de Ouro. Ainda nem tínhamos recuperado do ACAGRUP e já Zeus nos estava a colocar um novo desafio. Diversos dos seus Deuses, apesar de imortais, estavam um pouco cansados e aborrecidos da sua vida e queriam passar as suas responsabilidades a novos Deuses, que viessem cheios de energia e vontade. Assim, Zeus convidou cada um de nós a escolher um Deus e a participar numa formação intensiva para aspirantes a Deuses. Durante várias semanas participámos no programa de formação para Deuses. E acreditem quando vos digo que é muito duro. Tivemos de conquistar um dos ovos dos grifos, enfrentámos a Medusa para obter uma poção da cura, entrámos num labirinto e derrotámos o minotauro. E não contente com a nossa prestação o próprio Zeus concebeu um teste final.
ATIVIDADE DE VERÃO
No fim-de-semana de 2 e 3 de junho partimos rumo à Praia Fluvial de Coimbra. Mal chegámos e Zeus já tinha o seu primeiro desafio pronto, “a montagem do templo”. Sem a ajuda dos Deuses tivemos de montar o nosso templo (tendas). Com algum esforço e algumas dicas dos Deuses tudo ficou bem montado e seguimos para novo desafio. Como todos sabem os Deuses são alvo de inveja e de ataques, por isso no segundo desafio tivemos de utilizar todo o nosso conhecimento de técnicas de defesa e ataque num jogo bastante arriscado. E lá fomos avançado de desafio em desafio, ultrapassando labirintos, remando em águas revoltas, levando água a locais onde havia seca ou “caçando” com arco e flecha. Na noite do primeiro dia realizamos um belo fogo de conselho. O dia seguinte começou cinzento, mas nem a chuva impediu que realizássemos uma caminhada até ao Monte Olimpo. Lá nos esperavam os Deuses Apólo, Atena, Morpheus, Crato e Tanato para nos comunicarem o resultado da nossa formação. Através de um cerimonial foi entregue a cada um a ambrósia, que nos deu força e poder, o Néctar dos Deuses, que os deu a imortalidade, e no final fomos investidos como novos Deuses. E foi assim o nosso ano. Agora é descansar e esperar ansiosamente pelo início do próximo ano para novas caçadas…